quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Dia dos VampiroS, Compaixão, "Sangue" e Bons Encontros!


"Como é possível que o sofrimento que não é meu, nem de meu interesse,
possa afetar-me imediatamente como se fosse meu e com tamanha força que me impele a ação?"
Schopenhauer, ensaio acerca do livre-arbítrio Sobre o Fundamento da Moral



Semana cheia por aqui, preparativos do Dia dos VampiroS, confira agora mesmo o site oficial e se prepare!Sábado 13 de Agosto das 10h da manhã as 13h esperamos você no vão livre do MASP na avenida Paulista aqui em SP! A data e a campanha já estão sendo celebradas este ano na Eslovênia, Nova Iorque e aqui no Brasil em Amparo e na capital Brasília!Aguardem novidades até sexta!

Visite o site oficial do Dia dos VampiroS


Aliás, neste mês de Agosto ainda teremos outros eventos importantes:[em breve postaremos detalhes sobre a programação e inscrição~]

  • Sábado 13 de Agosto a tarde o evento Fantasticon de literatura fantástica;
  • Sábado 13 de Agosto as 19h Lord A:., participa da mesa redonda do encerramento do Ventre de Venus;
  • Sábado 20 de Agosto Introdução ao Vampyrismo celebrando o Strighezzo das Estrelas Imortais;
  • Sábado 27 de Agosto Passeio São Paulo Maldita II
  • Domingo 28 de Agosto Encontro do Tarô dos VampiroS


De volta ao dilema citado no inicio do post:


"(...)O dilema de Schopenhauer encontrou interessantes ressonâncias através dos tempos.Todos os dias e noites temos exemplos de pessoas que simplesmente tomam reações instântaneas e sem qualquer reflexão, correm ao auxílio de outras e por vezes até colocam suas próprias vidas em risco para salvarem completos desconhecidos e estranhos.Simplesmente sacam, que o outro estava em apuros ou necessidade.A resposta de Schopenhauer pontuava uma percepção metafísica, uma transposição de barreiras entre indivíduos de modo que o outro não fosse mais percebido como um estranho indiferente e sim como uma pessoa "em que eu sofro, apesar do fato de meus nervos não estarem cobertos por sua pele".Tal visão revela ao filósofo qe "meu verdadeiro e pessoal ser realmente existe em toda criatura viva...vindo a ser a base da compaixão, que fundamenta o altruísmo - virtude e cuja expressão está em toda boa ação.Os hindús já conheciam este conceito provavelmente um milênio ou dois antes de Schopenhauer.Os orientais davam-lhe o nome de "Tat twam asi" ou Tú és isso.
Tal percepção espiritual da compaixão - tanto em Schopenhauer, quanto para os Hindús, assim como para o mitógrafo norte-americano Joseph Campbell - era crítica e basal para a compreensão da linguagem metafórica através da qual a mitologia - fosse através da arte, da religião, do ofício ou da espiritualidade - fluísse em imagens e energia de uma fonte comum na imaginação humana.Campbell pontuava que "as metáforas de qualquer mitologia podem ser definidas como sinais de afeição derivados das intuições desse jogo do Eu através de todas as formas de um esquema local de vida, manifestado através de representações em rituais, narrativas pedagógicas, preces, meditações, festivais anuais e coisas do gênero, de maneira que todos os membros pertencentes à comunidade possam estar apegados, tanto em mente quanto em sentimento, ao seu conhecimento e se sentir motivados a viver de acordo."Inúmeras vozes e coros, como os tubos de um órgão ressoando pelos arcos e abóbadas de uma obscura catedral...acordes de cem tubos se fundiam...como se fossem veículos dos apêlos de um mesmo espírito...em variações extraordinárias e deslumbrantes...E fórtissimas candidatas a explicarem apropriadamente a metáfora do "Sangue" e seus meandros presente na vertente da Cosmovisão Vampyrica.
Podemos perceber influências budistas, hindús e orientalizadas interessantíssimas na obra de Arthur Schopenhauer.Assim como outros desta época, tais influências não são explicitamente comprováveis e podem passar pela inglória explicação: "Membro de subcultura ou cosmovisão quer ver raiz de sua ethos em toda parte, porque está imerso nela, e vê o mundo assim".

(trecho de RomantismoXOrientalismo:Feminino e Meio-Ambiente de Lord A:.)


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